Saber intervir na comunidade, junto dos idosos totalmente dependentes e prestadores de cuidados (formais e informais).
Saber acompanhar e/ou encaminhar os idosos em situações agudas, reabilitação e morte.
Compreender que a aceitação do fim da vida requer relações que rompam a solidão, potenciem a qualidade dos cuidados, permitam o reconhecimento do idoso e familiares como actores.
Desenvolver competências de selecção/articulação de saberes técnicos sobre construção de relações intersubjectivas em situações emocionalmente carregadas: relação de ajuda individual, intervenção sistémica e grupos de ajuda.
Desenvolver competências em matéria de planeamento, implementação e avaliação de actividades que, por serem suficientemente significativas para os idosos tornados dependentes pelo seu estado de saúde, contribuam para prevenir/contrariar uma dolorosa desvinculação do mundo.
1. A necessidade de uma educação para a morte / Problemáticas do fim da vida
1.1. As fases emocionais do doente em fase terminal:
.1ª fase: negação e isolamento
.2ª fase: raiva
3ª fase: negociação
4ª fase: depressão
.5ª fase: aceitação
.1.2. O cunho da esperança
1.3. A família como alvo de atenção
1.4 A morte como terreno de análise da fragilização dos laços sociais, das dificuldades de expressão e elaboração do sofrimento
1.5 Interacções entre indivíduo, em fim de vida, família e profissionais nas instituições: reconhecimento das necessidades relacionais e afectivas das pessoas em fim de vida
1.6 Perda e luto na vida adulta.
2. A intervenção gerontológica nas unidades de cuidados continuados.
2.1 Quadro conceptual para a intervenção gerontológica nas unidades de cuidados continuados: um ensaio de construção.
2.2 Quadro operativo para a intervenção gerontológica em unidades de cuidados continuados:
2.2.1. O diagnóstico
2.2.2 O desenho ou planificação da intervenção
2.2.3. Avaliação do programa.
3. Desenvolvimento do processo de intervenção.
3.1 – Diagnóstico de necessidades.
3.2 – Definição projecto de intervenção.
3.3 – Execução do projecto de intervenção.
3.4- Avaliação.
3.5- Potencialidades.
3.6. Limites e constrangimentos.
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Através da inserção no projecto de investigação operacional levado a cabo por diferentes instituições de saúde, são providenciadas condições pedagógicas para continuar a exercitar a articulação entre saberes teóricos e acção. O processo de ensino-aprendizagem continua a basear-se na problematização dos modos de conhecer e de fazer das instituições, suscitando a implicação activa dos alunos e o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de questionar as categorias da prática mais instaladas nas instituições. A avaliação contínua é a que melhor se coaduna com uma metodologia de ensino investida numa socialização profissional que não descura a formação pessoal. Baseia-se em: formulação de hipóteses operacionais fundadas em análises teóricas; concepção/implementação das hipóteses operacionais; diários de campo demonstrativos da capacidade de observar teoricamente sustentada; produção de informação na base de guiões fornecidos pelos docentes; desempenho relacional; relatório final.
Serão critérios de avaliação de Estágio:
Capacidade de interacção com outros técnicos e grau de participação em tarefas conjuntas;
Relatos qualitativos dos orientadores locais, relativos ao desempenho dos alunos (apreciação não vinculativa);
Capacidade interpessoal no contacto com os seniores e na construção de estratégias de apoio;
Assiduidade e participação activa do aluno na dinâmica das aulas
de estágio;
Capacidade para propor formas de intervenção inovadoras em função dos diagnósticos;
Capacidade de desenvolvimento e operacionalização do projecto de estágio, que inclui a capacidade pessoal de organização do tempo, de ultrapassar constrangimentos, responsabilidade nos compromissos assumidos e eficácia da sua intervenção;
Registos de campo sobre observações efectuadas ou outros documentos pesquisados ou produzidos que integram o dossier da disciplina.
A avaliação das disciplinas será o resultado das seguintes ponderações:
- 50% para o desempenho demonstrado no trabalho de terreno
- 50% para trabalhos escritos, individuais e/ou de grupo solicitados ao longo do ano e relatório final.